Foto: Mateus Pereira/ Secom-BA
Rosemberg Pinto (PT) 18 de setembro de 2019 | 10:14

Rosemberg defende união da base e diz que Rui deve ‘coordenar’ escolha de nome para disputar Salvador

bahia

O deputado petista Rosemberg Pinto, líder do governo na Assembleia Legislativa, defendeu a união dos partidos da base aliada ao governador Rui Costa (PT) para a disputa municipal de 2020 em Salvador. Em entrevista à Rádio Metrópole, nesta quarta-feira (18), Rosemberg reconheceu a possibilidade de Bruno Reis, provável candidato de ACM Neto (DEM), chegar ao segundo turno, fato que o faz acreditar que “não cabe pulverizar as candidaturas”. Para ele, o momento é de união da base aliada, que deverá contar com a “coordenação” de Rui.

“É legítimo e natural que as pessoas com espaço e imagem pública na cidade de Salvador sejam lembradas nesse momento. Eu defendo uma tese de que nós precisamos rapidamente, até final do ano, nos encontrarmos para definirmos qual a melhor estratégia de disputa para Salvador. Sabemos que tem o candidato do prefeito, Bruno Reis. Do outro lado temos os partidos da base aliada do governador e, além disso, uma turma ligada ao Jair Bolsonaro que a gente não sabe se vai estar alinhada com Bruno Reis ou disputará caminho próprio. A partir daí precisamos pensar a estratégia. Nós vamos no BAxVI?”, questionou Rosemberg, ressaltando ainda que o nome não precisaria ser necessariamente do PT.

Durante a entrevista o parlamentar também voltou a defender o governador Rui Costa , que se envolveu num grande imbróglio após declarações dadas em entrevista à revista Veja na última semana. Segundo Rosemberg, o que houve foi uma “má interpretação” por parte da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), que emitiu uma nota “demasiadamente cruel” e carregada de “preconceito”. “Percebo que há um preconceito dos sulistas em relação ao Nordeste e isso, obviamente, reflete no PT. Há um pouco de ciúme e um equívoco de se pensar o PT nesse momento. Não tiraria nada de conceitual do que falou o governador Rui Costa. Precisamos estar antenados com o momento, tentar colocar nosso projeto petista na sociedade, mas entender que não estamos governando, nem na Bahia nem no Brasil, sozinhos”, avaliou.

Um dos pontos chaves da polêmica, Rosemberg foi expressivo ao afirmar que a campanha “Lula Livre” “não pode ser condição cinequanon para a política de aliança” e que essas relações “não podem ser baseadas apenas em cima do programa do PT, senão não vai ter aliança com ninguém”. “A luta com relação ao “Lula Livre”é uma luta diária nossa, uma luta importante para a sociedade brasileira. A luta pela liberdade de Lula tem que ser para nós – PT – e para a esquerda a demonstração que há um equívoco do ponto de vista do julgamento, mas isso não pode ser condicionante para a política de aliança. Não podemos nos restringir a essa questão” disse.

Mari Leal
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