Foto: Carol Garcia/GOVBA
Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA) 17 de novembro de 2019 | 10:50

Àttøøxxá e Rincon Sapiência abrem temporada de shows do Concha Negra

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A música, a dança e outros elementos da cultura de matriz africana estão em evidência durante a 2ª edição do festival Concha Negra. Abrindo a temporada de espetáculos na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), o grupo Àttøøxxá recebeu, neste sábado (16), o rapper paulista Rincon Sapiência como convidado. No próximo dia 7 de dezembro será a vez do Ilê Aiyê se apresentar no espaço.

O músico Rafa Dias, do Àttøøxxá, destacou que participar do Novembro Negro “é uma conquista para todos nós, que estamos batalhando em um caminho muito longo para ocupar os espaços. A Concha Acústica é um templo da música da Bahia. Espero que isso perdure”.

Para Rincon Sapiência, se apresentar na Bahia é beber da fonte. “É conhecer a questão rítmica, um som novo. Para mim, o contato com a Bahia começou já nos anos 90. Muito da música daqui batia legal lá em São Paulo. Ao longo do tempo, eu vim conhecendo o pessoal do Àttøøxxá em vários festivais que participávamos juntos. Naturalmente, surgiu uma amizade, uma sintonia. Então, vir para cá é sempre muito especial”.

O Concha Negra, apesar de estar apenas na 2ª edição, já tem público cativo. A designer de moda Najara Black, que este ano estava na plateia, se apresentou ano passado, junto com o Muzenza. “Esse é um evento que acontece em um mês de reafirmação da consciência e do empoderamento do povo negro. Nós pertencemos a isso. Nós estamos lutando contra o racismo. Ações como essa são necessárias, mostrando a música, os estilistas e as pessoas que fazem a cultura da cidade”, afirmou Najara.

Para aquecer o público, o grupo Ballet Vip mostrou a dança das comunidades. E para refrescar, a estrutura de bar garantiu um reforço na renda dos trabalhadores. “Hoje, na Concha Acústica, nós temos cerca de 60 pessoas trabalhando somente no bar, sem falar dos seguranças, a turma da limpeza e outros trabalhadores. São empregos freelancers, em que as pessoas podem adquirir experiência”, explicou o gerente de bar, Luis Carlos Guimarães.

Diversidade cultural

O Concha Negra é uma iniciativa do Governo do Estado, que se compromete a fomentar a diversidade cultural, suas tradições e patrimônios, garantindo o lugar da música afro-baiana na programação da Concha Acústica.”No ano passado foram cinco espetáculos, envolvendo blocos afros. Este ano serão nove espetáculos, contemplando a diversidade de matriz africana e seus desdobramentos. A Bahia continua produzindo cultura, democratizando os espaços e dando acesso aos nossos artistas para fazerem esses espetáculos que acontecerão ao longo do verão, com preços acessíveis”, disse a secretária de Cultura do Estado, Arany Santana.

A diretora artística do TCA, Rose Lima, também ressaltou a ampliação do festival nesta 2ª edição. “Este ano, nós ampliamos o leque de oportunidades. O Concha Negra foi além do horizonte dos blocos e agrega outras linguagens dentro da música nesta segunda edição. Ainda teremos Olodum, Lazzo Matumbi, Margareth Menezes, entre outras atrações”.

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