19 maio 2024
O governador Rui Costa (PT) demonstrou, em entrevista à rádio Bandeirantes na manhã desta segunda-feira (3), ser favorável à criação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
No entanto, ele não se alinha no sentido de que o novo imposto garanta “arrecadação ou a sustentação dos estados, municípios ou da União”, e, sim, para controle de operações financeiras em combate ao crime organizado.
“A questão da CPMF é um debate longo e eu me somo àqueles que identificam essa contribuição, não como uma forma exatamente de garantir arrecadação ou a sustentação dos estados, municípios ou da União, mas sim com um bom formato, com um percentual muito pequeno e que garanta controle das operações financeiras”.
“Infelizmente o crime organizado utiliza o sistema financeiro. Quem pratica contrabando, tráfico de drogas e o crime organizado utiliza o sistema financeiro para fazer essas movimentações, então ela teria muito mais a função de controlar esse movimento para garantir o rastreamento de movimentações ilegais de recursos do que propriamente de arrecadação”.
“Sobre a ótica da arrecadação eu não sou favorável porque ela é um tributo acumulativo e tem um peso grande. Sou a favor de um percentual risório, mas que pelo rastreamento do recurso ela possibilite o combate ao crime em geral”, acrescentou.
Mateus Soares