23 dezembro 2024
Hoje, dia 10 de outubro de 2020, comemora-se o Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher. Para a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara de Salvador, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), essa é mais uma oportunidade para se discutir e promover a conscientização sobre o tema, o que deve começar ainda infância.
“Além de se educar os homens desde a infância, as mulheres também precisam ter sempre em mente que denunciar, se autoafirmar e ser solidárias com outras mulheres é fundamental”, avalia a republicana, que idealizou o projeto Guardiã Maria da Penha nas Escolas, a ser implantado na rede municipal.
O programa seria constituído por atividades escolares, culturais e educacionais relacionadas ao combate à violência contra a mulher, para alunos, pais e responsáveis. “A violência contra a mulher é resultado do machismo existente em nossa cultura e que é introjetado desde cedo nas mentes de todos nós. Porém, quanto mais estimularmos o debate e a disseminação de informação, mais estaremos contribuindo para a diminuição desse mal que destrói tantas famílias”, avalia Ireuda. “O melhor remédio contra a violência é a educação”, frisa.
Outro ponto considerado por Ireuda é a falta de igualdade entre homens e mulheres, consequência do machismo e que também não deixa de ser um fator que influencia os casos de violência. De acordo com o IBGE, embora trabalhem em média três horas a mais por semana, as mulheres ainda ganham 76,5% da renda dos homens. “As mulheres ganham menos que os homens, têm menos acesso ao mercado de trabalho, a posições de destaque e a condições que a ajudem a ter independência financeira. Muitas vezes, mulheres hesitam em buscar ajuda contra maridos agressores pela insegurança em relação ao seu sustento material”, avalia.