26 novembro 2024
O programa “Forte por Ser Mulher” desta quinta-feira (07) debateu um tema atual e de extrema importância: racismo nas universidades. Conduzida pela vereadora licenciada Ireuda Silva (Republicanos), em suas redes sociais, a reprise da edição exibida em junho recebeu como convidadas a empresária Juliana Persan e a advogada Isabele Wedja.
Em uma de suas falas, Ireuda destacou que o racismo estrutural retira oportunidades das pessoas negras, desde o acesso a educação de qualidade até a ascensão profissional. “Um dos elementos para o racismo estrutural permanecer hoje e continuar danificando famílias, cujos filhos não têm maiores oportunidades dentro de empresas, onde o racismo está ali intrínseco e as pessoas praticam isso levianamente”, avaliou.
Por sua vez, Isabele defendeu a importância da educação no processo de desconstrução do racismo, cujos conceito e implicações precisam ser devidamente compreendidos, assimilados e combatidos. “A educação tem um papel fundamental na desconstrução do racismo. A gente precisa entender o que é o racismo, entender o quanto ele afeta a sociedade, saber que a sociedade não vai deixar de ser racista tão cedo”, disse.
Juliana reiterou o quanto as oportunidades não são igualitárias. Segundo ela, a sociedade ainda é marcada por muita exclusão. “A sociedade está amputando o negro o tempo inteiro. Se você for olhar a educação de base, a escola pública, é muito mais defasada em comparação às escolas privadas. Aí vem a nota de corte do Enem que vai filtrar aqueles negros que estão na escola pública. Só vai passar geralmente quem é branco e teve acesso à escola privada”, pontuou.