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Deputado estadual Roberto Carlos, do PV, diz que partido aguada manifestação do governador 14 de dezembro de 2022 | 10:38

Depois de périplo por Brasília, Jerônimo retorna à Bahia para últimos ajustes antes do anúncio do secretariado previsto para este sábado

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O governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT) deve retornar de Brasília nesta quarta-feira (14) para definir com o próprio partido e os aliados os últimos ajustes antes de divulgar os nomes dos secretários que tomam posse com ele em janeiro. Segundo a assessoria do petista, existe a expectativa de que os anúncios possam sair até sábado (17).

O último compromisso de Jerônimo em Brasília é a solenidade de posse do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, que é baiano. O petista está na capital federal desde segunda (12), quando aconteceu a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Quem também está por lá é o governador e futuro ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), que tem tratado da transição em nível federal.

Jerônimo faz mistério até mesmo para aliados sobre a composição do secretariado. Nos últimos dias, todos os deputados estaduais do PT, PCdoB e PV, que formam uma federação, foram sondados para participar do governo.

O petista Júnior Muniz, que garantiu a reeleição para a Assembleia Legislativa no pleito deste ano, confirmou que foi procurado por emissários do partido. “Minha intenção é continuar na Assembleia, mas se houver uma missão em que eu possa somar e ajudar a Bahia estaria disposto, sim. Mas não houve convite, apenas sondagem”, disse Muniz.

O PT, que terá a maior fatia do bolo no time de primeiro escalão de Jerônimo, faz uma movimentação para garantir que os deputados estaduais Neusa Cadore e Marcelino Galo, que não conseguiram a reeleição e ficaram nas primeiras suplências, possam ter mandato em 2023. Para isso, seria preciso convocar dois parlamentares da federação. Movimento semelhante é feito junto à bancada eleita pelas três legendas na Câmara Federal, visando garantir ao menos que o petista Josias Gomes, que não conseguiu a reeleição, continue na cadeira.

O partido não abre mão de comandar as pastas do chamado núcleo duro do governo estadual, a exemplo da Casa Civil e Relações Institucionais, e aquelas com maior orçamento, como é o caso da Saúde e da Educação. Já as principais siglas aliadas que estão com Jerônimo desde o primeiro turno esperam ao menos manter o número de secretarias que têm hoje.

O PSD deve ficar com a segunda maior fatia do bolo, com três pastas. O MDB espera manter o número de duas, o que não inclui uma eventual indicação de Jerônimo para que o vice-governador eleito Geraldo Júnior acumule uma secretaria. PCdoB, PSB e PV, outros tradicionais aliados do PT, reivindicam ao menos uma pasta para cada, assim como outras siglas menores. O PSC, que se fundiu ao Podemos e apoiou o futuro governador no segundo turno das eleições, não deve ser contemplado no primeiro escalão neste momento.

“Estamos aguardando o governador Jerônimo nos chamar para conversar e definir qual será nosso espaço e qual será o nome que indicaremos”, afirmou o deputado estadual Roberto Carlos, do PV. O partido ainda não foi ouvido.

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