Karla Borges

Economia

Professora de Direito Tributário, graduada em Administração de Empresas (UFBA) e Direito (FDJ) ,Pós-Graduada em Administração Tributária (UEFS), Direito Tributário, Direito Tributário Municipal (UFBA), Economia Tributária (George Washington University) e Especialista em Cadastro pelo Instituto de Estudios Fiscales de Madrid.

Eleições e as Mídias Sociais

A grande novidade na área de comunicação, nessas eleições, foi a utilização intensa do Facebook que permitiu às pessoas expressarem os mais inusitados posicionamentos. Desta forma, peço licença aos meus ilustres leitores semanais para transcrever o depoimento da amiga Mônica Leiro Baqueiro Milosevic que eu conquistei ao longo dessa caminhada e que demonstra exatamente o movimento ao qual me reporto:

“Tenho vários amigos que ficaram surpresos com meu engajamento na campanha de Dilma no segundo turno. Isso porque durante o primeiro turno nada postei sobre política ou minhas escolhas. Mas logo que a disputa do segundo turno começou, ingenuamente, fiz alguns comentários em postagens de amigos meus no intuito de travar uma discussão sadia, inserindo questionamentos a partir da minha visão do cenário brasileiro. Digo ingenuamente porque os ataques e ofensas por parte destes amigos, que não são “amigos de face” e sim de toda vida, além de amigos destes amigos, surpreenderam-me.

E daí me veio uma indignação tão grande que resolvi postar o que defendo e acredito em espaço que me pertence, meu perfil, e onde poderia respeitar aqueles que pensam diferente de mim sem ofensas. Novamente fui ingênua, pois as pessoas começaram a me ofender em meu próprio perfil. Fazer o quê? Respirar fundo, ignorar ou responder em alto nível e agradecer. Sim, agradecer, pois a partir desta minha decisão, a minha vontade de ler mais, analisar mais, observar mais cuidadosamente o jogo político me levou a certeza de que minha decisão estava acertada.

Se perdi amigos? Só o tempo dirá. Se ganhei alguns, não tenho a menor dúvida. Não somente aqueles cujo voto foi igual ao meu, mas também aqueles que souberam manifestar-se com equilíbrio (confesso que neste caso foram poucos). Se alguém se sentiu ofendido com minhas colocações, peço desculpas. Volto a dizer: não sou PT, não sou militante, não tenho bandeira ou camisa, nem vou para manifestações. Voto baseado em outras análises e não por questões partidárias.

Só mais uma coisa: aguardo informações sobre o destino de alguns amigos que sinalizaram mudar de país, caso o PT ganhasse. Não para poder visitá-los, pois acho que não serei bem recebida. Mas para poder acompanhar as notícias do “paraíso” onde estarão morando, pois segundo estes lá não existem problemas, desigualdades ou corrupção. O Brasil sim que é ignorante, burro, atrasado, corrupto e cheio de nordestinos…

O que desejo a todos eles: boa viagem, sem qualquer rancor! Eu fico por aqui, não irei para Cuba ou qualquer outro lugar. Amanhã estarei na luta de sempre por um Brasil mais humano e justo. E isso começa em minha casa, com a minha família, com a minha empregada, com os trabalhadores que me atendem, como me comporto no trânsito, no trabalho ou escola, como trato os idosos, as crianças, os animais, nas lutas que abraço e onde invisto meu tempo contribuindo por um mundo melhor para todos nós vivermos. Quando me olho no espelho toda manhã digo para mim mesma: “Seja você a mudança que quer ver no mundo!” Tarefa difícil mas possível, é só começar! Boa semana para todos nós!”

Acredito que depois disso, não preciso escrever mais nada sobre as eleições e o Facebook!

Mônica Leiro por Karla Borges

Comentários