Eduardo Salles

Setor Produtivo

Eduardo Salles é engenheiro agrônomo com mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais. Está no seu terceiro mandato de deputado estadual e preside a Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, além da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Produtivo. É ex-secretário estadual de Agricultura e ex-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Agricultura (CONSEAGRI). Foi presidente da Associação de Produtores de Café da Bahia e da Câmara de Comércio Brasil/Portugal. Há 20 anos é diretor da Associação Comercial da Bahia. Ele escreve neste Política Livre mensalmente.

Mais um importante passo para a conclusão da FIOL

Uma obra da dimensão da FIOL (Ferrovia de Integração Oeste-Leste) não sai do papel sem anos de muito trabalho, principalmente em um país com dificuldades orçamentárias para melhorar a infraestrutura e a burocracia que sufoca o setor produtivo. Mas cada metro desta ferrovia vale nosso esforço e acompanho o vice-governador e secretário estadual de Planejamento, João Leão, desde o lançamento do projeto. Tem momentos difíceis, mas não esmorecemos nestes mais de 10 anos.

E no final de julho demos mais um passo para tirar do papel esse sonho do setor produtivo baiano. Em Jequié, com as presenças de João Leão, do prefeito local e presidente da UPB (União dos Municípios da Bahia), Zé Cocá, e outros 35 gestores de municípios que serão cortados pela ferrovia, houve a criação do Consórcio da FIOL, que será responsável para acompanhar e fiscalizar o andamento das obras no território baiano.

O encontro gerou também a carta denominada FIOL: a Bahia quer e o Brasil precisa. A ferrovia não tem bandeira partidária porque ela será um marco na história baiana. Junto ao Porto Sul, em construção em Ilhéus, as duas obras vão melhorar a logística de transporte da produção agropecuária e de minérios e ampliar o leque de abertura de agroindústrias no sudoeste e sul da Bahia.

É mais que urgente levar desenvolvimento econômico ao interior baiano, e a FIOL e o Porto Sul, com a ponte Salvador-Itaparica, vão trazer impactos positivos que, sem dúvida nenhuma, serão responsáveis pela geração de empregos em diversos municípios.

Essas três obras têm as digitais de João Leão desde o seu início. E com a FIOL pude acompanhar o nascimento deste sonho desde o início. O vice-governador, ainda deputado federal, adaptou o projeto do engenheiro Vasco Neto e trabalhou para colocar no Orçamento da União os recursos necessários para o início dos trabalhos.

Depois, como secretário estadual de Planejamento do governo Jaques Wagner, teve seu esforço reconhecido quando a então ministra da Casa Civil no governo do ex-presidente Lula, a ex-presidente Dilma Rousseff, reconheceu, em cerimônia na sede da ACB (Associação Comercial da Bahia), que ele foi fundamental para retirar o projeto do papel.

Há mais de 10 anos tenho dado minha humilde contribuição acompanhado de perto e participado ativamente desta luta. Componho, na Assembleia Legislativa da Bahia, desde o primeiro mandato, a Comissão Especial da FIOL e do Porto Sul e estive em audiências em Salvador e Brasília para trabalhar pela retirada de obstáculos que atrasavam a realização das duas obras. E posso garantir que estamos avançando.

Como presidente da Frente Parlamentar do Setor Produtivo, posso garantir que vou trabalhar para entregarmos o mais breve possível a FIOL. Independente de quem governa o Brasil ou a Bahia, e suas bandeiras partidárias, não há mais como frear as obras, sob pena de punir mais de 15 milhões de baianos que anseia pelo desenvolvimento do Estado.

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