24 novembro 2024
A perda de ministros em série e com velocidade inédita não é o único problema da presidente Dilma Rousseff com sua equipe de governo. Entre os que ficam, ela tem convivido com titulares ministeriais que, passados nove meses no cargo, ainda não entendem muito bem dos assuntos de sua pasta. Um dos casos mais notórios é o de Afonso Florence, do Desenvolvimento Agrário. Citado nas rodas do poder como alguém que “não é do ramo”, ele enfrenta tanta dificuldade para saber do que trata sua pasta que vem sendo alijado das decisões na área. Vai se transformando aos poucos em ministro fantasma, espécie de rainha da Inglaterra, coroada, mas sem poder. O cargo mais importante que Florence ocupou antes de ser ministro foi o de secretário do Desenvolvimento Urbano da Bahia, no primeiro governo de Jacques Wagner (PT). Pode-se dizer que é um caso raro, no processo de urbanização galopante do País, de alguém que migrou da cidade para o campo. Sinais de desconforto com Florence – que é formado em história – podem ser observados por toda parte. O Movimento dos Sem Terra (MST), cuja bandeira principal, a defesa da reforma agrária, é intimamente atrelada à pasta do ministro, o ignora. Leia mais no Estadão.