10 junho 2025
Deu em A Tarde: “A campanha publicitária O poder de mudar a história – Isso é coisa de mulher, com assinatura da Secretaria da Promoção da Igualdade (Sepromi) do governo estadual, deflagrada para marcar a passagem do Dia da Mulher, cometeu ato falho grave.
Compõem a homenagem, entre outras, Luiza Mahin (ex-escrava, mãe do abolicionista Luiz Gama), Maria Quitéria (heroína da Independência), Loreta Valadares (feminista e ativista política), mãe Stela de Oxóssi e Neide Candolina (educadora baiana). O xis da questão: Neide Candolina nunca existiu. É obra de ficção de Caetano Veloso.
Os idealizadores da campanha pensaram ser Neide a professora Candolina Rosa de Carvalho Cerqueira, nome de escola no Pau Miúdo. Numa carta intitulada ‘A homenagem que desomenageia’, Maria Isabel Vitória de Carvalho, sobrinha da professora, denuncia a situação. Conta ela que Caetano criou a música Neide Candolina para homenagear Neide, dona do Zamzibar, uma amiga, e a professora Candolina, de quem foi aluno no Severino Vieira. Conclui Maria Isabel: ‘Na superficialidade, a homenagem se perde. A essência da trajetória é desprezada. A Educadora continua invisível’”