“Não faço política com veto”, diz Mário Negromonte

A possibilidade do PP, partido aliado do PT, ficar de fora da chapa majoritária nas eleições de 2014 não foi encarada como algo real pelo deputado federal Mário Negromonte (PP), durante entrevista a Emmerson José e Alex Ferraz, no CBN Salvador 1ª Edição desta segunda-feira (19). Negromonte afirmou que confia na consistência do partido e na habilidade do governador Jaques Wagner (PT). “Temos a compreensão que o espaço está garantido na chapa majoritária. O PT tem a preferência por ser o partido com maior número de vereadores, ser do governador, mas tem que ter um candidato que consiga harmonizar a base aliada”, afirmou o deputado.

Mesmo com os diversos nomes já lançados como possíveis pré-candidatos, Rui Costa (Casa Civil – PT); Otto Alencar (vice-governador – PSD); senadora Lídice da Mata (PSB) e Marcelo Nilo (presidente da Assembleia Legislativa da Bahia  – PDT), o pepista disse que se mantém confiante. “Vamos tentar fazer. O governador é muito hábil, sabe costurar bem e vai fazer isso da melhor maneira possível. O mais importante é ganhar”, pontuou e complementou que não passa pela cabeça apoiar a oposição ou lançar candidatura própria como um plano B. Sobre sua preferência por Pinheiro, ele negou que tenha manifestado uma preferência. “Não faço política com veto”, disse.

Mobilidade
A demora na conclusão do metrô de Salvador, que já dura 13 anos, e a necessidade de melhorias no transporte público coletivo, também foram temas da entrevista. Para o deputado, o metrô tem que ser gerido pelo governo federal e com subsídio. Além disso, é preciso que as prefeituras só liberem construções se houver uma planejamento urbano.  “O metrô tem que estar onde tem gente e se não tiver subsídio a sociedade não vai suportar”, afirmou Negromonte.

O suspensão da Lei de Ordenamento, Uso e Ocupação do Solo (Louos) também foi colocado como um entrave à conclusão do metrô. “Tem que chamar todos para fazer um pacto, o PP participa e ajuda. A cidade tem que dar as mãos e ajudar o prefeito [ACM Neto] a governar”, contou.

Segurança
Mário Negromonte foi questionado sobre a falta de debate no Congresso da reforma penal e disse que acredita que seja um problema de prioridade. “Reforma Política, Tributária e Penal. Essas são as prioridades. Estamos discutindo a maioridade penal com muita profundidade. 16 seria uma boa idade, mas teria dar permissão para tirar carteira de motorista, emancipar. Os grandes juristas preferem criar um conselho de três juízes para julgar caso a caso”, explicou.