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O ambulante Antônio Batista: drible na fiscalização 02 de março de 2014 | 12:00

Vendedores e foliões se viram para driblar restrição a cervejas que não patrocinam folia

salvador

É quarta-feira de Carnaval e a mulher implora: “Ô, moço, pelo amor de Deus, me arruma uma Skol aí”. O rapaz olha para os dois lados, abre o isopor, enfia a mão no gelo e retira a piriguete dourada escondida entre latinhas brancas. Os olhos da mulher brilham. E ela nem se importa com o preço. “Lá fora tá R$ 1. Mas aqui dentro vendo Skol por R$ 3. Isso aqui vale ouro, minha amiga”, diz o ambulante, satisfeito com o lucro triplicado. Valeu-se da lei da oferta e da procura. Tudo porque conseguiu infiltrar alguns exemplares da lata amarela. E correu sérios riscos. É que, com o patrocínio exclusivo das cervejarias Schin e Itaipava nos circuitos da festa, vender outra marca é tratado como uma espécie de tráfico. A fiscalização está literalmente metendo a mão nos isopores para impedir que outras marcas sejam comercializadas dentro dos limites colocados pela prefeitura. Vistorias minuciosas são realizadas por agentes da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom). “A gente tá metendo a mão até o fundo do isopor”, disse o fiscal da prefeitura Antônio Carlos Alves, no portal de madeira instalado na Rua Marquês de Caravelas, na Barra. “A partir daqui só pode entrar Itaipava. A não ser que seja para consumo próprio”, avisou o fiscal no Circuito Dodô. Leia mais no Correio*.

Alexandre Lyrio. Correio*
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