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Lídice discursa entre Wagner e Rui Costa: apoio sem cargos ou indicações, segundo os três 16 de outubro de 2014 | 11:44

Lídice anuncia apoio a Dilma sem negociação de cargos

bahia

A senadora Lídice da Mata, ex-candidata do PSB ao governo, anunciou agora pela manhã, em evento no Hotel Matiz, no Stiep, o esperado apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno das eleições, ressaltando, entretanto, que não negociou espaço nem participação nos governos federal e estadual. O anúncio foi feito em discurso na presença do governador Jaques Wagner (PT), do governador eleito, Rui Costa (PT), e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PDT), além de secretários de Estado, prefeitos e alguns deputados.

Dirigindo-se a Rui, Lídice disse que tinha grande respeito pela trajetória e “pela bela campanha” que ele fez, mas antecipou que a iniciativa não significava adesão ao seu futuro governo. “A posição é de se incorporar à campanha da presidente Dilma”, destacou, depois de esclarecer que não via qualquer contradição no fato de ter feito, como candidata ao governo, no primeiro turno, campanha pela ex-presidenciável Marina Silva (PSB), que anunciou apoio ao candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves. A ex-candidata ao Senado pelo PSB, Eliana Calmon, que teve mais votos que Lídice na sucessão, também ficou com Aécio.

“O primeiro turno é para a apresentação de propostas. O segundo é para decisão”, declarou Lídice, acrescentando que o posicionamento político-ideológico do PSB é mais próximo da candidata do PT do que do presidenciável do PSDB. Ao discursar, depois de ouvir pronunciamentos de lideranças do PSOL, do PV e do PT em defesa de Dilma, Rui agradeceu a opção de Lídice e fez questão de ressaltar que a iniciativa não foi precedida de qualquer conversa prévia em torno de composição ou cargos no governo Jaques Wagner e no futuro.

“Foi uma decisão preocupada com o futuro do Brasil e da Bahia”, acrescentou, observando, entretanto, que não via problemas em que a senadora e ele discutisse no futuro sobre sua participação no governo. “Não que não possamos conversar no futuro”, disse o governador eleito, que pediu, no evento, votos para Dilma mesmo para aqueles que votoram no candidato do PSDB no primeiro turno. “Peço esta reflexão sobre o que é melhor para o país”, discursou, advertindo que, em sua opinião, a vitória de Aécio representaria, entre outros retrocessos, a desindustrialização do nordeste.

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