11 maio 2024
Apesar das contestações por se tratar de um aumento tributário em tempos de aperto financeiro, os deputados do governo aprovaram ontem, com facilidade, o projeto de lei do Executivo que eleva em 3% a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que deve incidir diretamente sobre a gasolina, a partir de abril de 2015. Oposicionistas criticaram com o argumento de que a Bahia é um dos estados com maior carga tributária do país e que esse acréscimo traria prejuízos. Após a sanção, a alíquota deve subir de 27% para 30%. “O povo da Bahia não suporta mais tanto imposto, a carga tributária é perversa”, disse o deputado Carlos Geilson (PTN), informando que, atualmente, de cada litro de gasolina comprado, R$ 0,85 centavos é de ICMS. O deputado também questionou a tramitação do projeto em regime de urgência, o que teria impedido o debate nas Comissões temáticas da Casa. “Um projeto dessa importância não pode chegar ao plenário sem passar pelas comissões”, condenou. O deputado Paulo Azi (DEM), que se prepara para deixar o Parlamento estadual em direção à Câmara dos Deputados, disse que o aumento da gasolina vai gerar impacto no bolso dos consumidores baianos. “O governo da Bahia habituou-se a imitar o governo federal metendo a mão no bolso da população para resolver os seus problemas de caixa”, disparou. A lei é vinculada ao projeto que institui o Fundo Estadual de Logística e Transportes. Conforme o governo, o objetivo é melhorar a infraestrutura de logística e transporte do Estado, “mediante construção, manutenção e recuperação das estradas, ampliando sua infraestrutura, e a logística de transportes no estado”.
Lilian Machado, Tribuna