18 de janeiro de 2015 | 13:00

Anistia Internacional diz que execuções na Indonésia são retrocesso

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A Anistia Internacional classificou de retrocesso para os direitos humanos a execução de seis réus acusados de tráfico de drogas na Indonésia, cinco deles estrangeiros, incluindo o brasileiro Marco Archer. “Este é um retrocesso grave e um dia muito triste. A nova administração tomou posse prometendo fazer dos direitos humanos uma prioridade, mas a execução de seis pessoas vai na contramão desse compromisso”, destacou Rupert Abbott, diretor de pesquisa sobre a região do Sudeste Asiático e Pacifico da Anistia Internacional. As execuções, realizadas ontem (17) pelo pelotão de fuzilamento, foram as primeiras desde que o presidente Joko Widodo assumiu o cargo, em novembro do ano passado. Apesar da promessa de priorizar a área de direitos humanos, Widodo é considerado linha dura com os crimes do narcotráfico e rejeitou os pedidos de clemência para mudar a pena dos condenados, dentre eles o da presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Além do brasileiro Marco Archer, foram executados também o indonésio Rani Andriani, os nigerianos Namaona Denis e Daniel Enemuo, o holandês Ang Kim Soei e o vietnamita Tran Thi Bich Hanh. Essas foram as seis primeiras de um total de 20 execuções programadas pelo governo da Indonésia para este ano, desde que Widodo assumiu o cargo em 2014.

Agência Estado
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