25 de fevereiro de 2015 | 16:30

Confronto entre manifestantes e policiais deixa 1 adolescente morto na Venezuela

mundo

O comércio reabriu suas portas e o transporte público voltou a circular normalmente nesta quarta-feira na cidade venezuelana de San Cristóbal, capital do Estado de Táchira, após os protestos que deixaram um adolescente morto. As forças de segurança retiraram, durante a noite, as barricadas instaladas em algumas ruas, após os incidentes entre manifestantes e dezenas de policiais e integrantes da guarda nacional, que usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar o protesto. O pai do adolescente Kluiverth Roa, de 14 anos, morto ao ser atingido por uma bala de borracha na cabeça, afirmou que levará o caso a instâncias internacionais. O policial Javier Mora, de 23 anos, suspeito do disparo que matou o estudante, foi detido e indiciado por homicídio, uso indevido de arma e quebra de pactos e convenções internacionais, afirmou nesta quarta-feira a procuradora geral Luisa Ortega Díaz. O pai de Kluiverth, Erick Roa, disse à Associated Press que pedirá a organismos internacionais que investiguem a morte de seu filho porque “atrás dessa polícia que matou meu filho há mãos ocultas”. Roa pediu ao presidente Nicolás Maduro que aja para “conter toda essa violência”. José Mora, integrante do Conselho Municipal de Cárdenas, disse à AP que durante a madrugada de quarta-feira dezenas de militares, alguns em tanques, foram até Táriba, vizinha de San Cristóbal, para dispersar os manifestantes e retirar as barricadas erguidas por eles. Mora, que é da oposição, disse que os militares lançaram gás lacrimogêneo e dispararam balas de borracha contra alguns edifícios onde manifestantes estavam abrigados.

Associated Press
Comentários