16 de março de 2015 | 08:00

Israelenses decidem nessa terça-feira se continuam com Netanyahu

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Os israelenses votam amanhã (17) para decidir se o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, continua a comandar o país, confrontado com ameaças graves à segurança e pesados desafios sociais, em uma campanha que esqueceu o conflito israelense-palestino. O país tem 5,8 milhões de eleitores aptos a votar. As eleições legislativas são, em grande medida, um referendo sobre a permanência de Netanyahy, 65 anos, de direita, primeiro-ministro desde março de 2009 e no poder há quase uma década. O primeiro dos três mandatos foi de 1996 a 1999. Continuar ou não com Netanyahu “é a grande questão” por ele estar “no poder há tanto tempo”, explicou Tamir Sheafer, professor de ciência política. “Trata-se do segundo maior período” de exercício do poder, depois de David Ben Gourion, o fundador do Estado de Israel, disse. Pesquisa publicada quinta-feira 12) pelo jornal Haaretz atribui 24 lugares à aliança entre o Partido Trabalhista, de Isaac Herzog, o Kadima, de Tzipi Livni, a União Sionista (mais um do que na anterior) e 21 ao Likud, de Benjamin Netanyahu (menos dois) em 120 no Parlamento. Moshé Kahlon, antigo membro do Likud e atualmente líder de um novo partido de centro-direita (Kulanu), é considerado decisivo para a formação do Executivo depois das eleições. As últimas sondagens dão a ele entre oito e dez lugares. Sem o apoio de Moshé Kahlon, os dois grandes partidos não deverão obter maioria no futuro Parlamento, mostram as últimas pesquisas. No sistema israelense, o chefe do partido vencedor não é necessariamente chamado a formar governo, mas quem está mais bem posicionado para formar uma coligação. As diferentes alianças tornam muito incerto o adiantamento do nome do próximo líder do Executivo.

Agência Brasil
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