13 de março de 2015 | 06:45

Justiça argentina vai convocar junta médica para esclarecer morte de promotor

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A Justiça argentina vai convocar uma junta médica para esclarecer novas dúvidas que surgiram sobre a morte do promotor Alberto Nisman, há quase dois meses. Ele foi encontrado no banheiro de sua casa, com um tiro na cabeça, quatro dias depois de acusar a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, de acobertar os responsáveis por um dos piores atentados da história do país. A decisão foi tomada pela promotora responsável pelo caso, Viviana Fein, que reconheceu divergências entre o laudo oficial, que diz que Nisman se suicidou, e uma investigação paralela feita a pedido da família do promotor. De acordo com a investigação não oficial, Nisman foi obrigado a se ajoelhar de frente para a banheira e recebeu um tiro por trás, de um revólver calibre 22, encontrado ao lado do corpo. Essa descrição detalhada está no relatório de 93 páginas feito pelos peritos contratados pela ex-mulher de Nisman, com base nos dados fornecidos pelos responsáveis da investigação oficial. Apesar dos dados serem os mesmos – fotografias do corpo na posição em que foi encontrado, manchas de sangue, resultados da autópsia – as conclusões das duas equipes de peritos são muito diferentes. Segundo os especialistas da Suprema Corte, Nisman morreu na tarde do dia 18 de janeiro e não há provas suficientes para determinar se foi suicídio ou homicídio. Já os peritos contratados pela família dizem que ele foi assassinado um dia antes, que agonizou e teve o corpo removido do local onde foi morto. Leia mais na Agência Brasil.

Monica Yanakiew, Agência Brasil
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