18 de maio de 2015 | 06:40

Guerra do Iraque é vista como um erro por postulantes à Casa Branca

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Passados doze anos, os políticos dos Estados Unidos chegaram a um consenso sobre a Guerra do Iraque: ela foi um erro. Os principais candidatos que tentam um lugar na corrida presidencial em ambos os partidos têm dito que a guerra que matou quase 4,5 mil norte-americanos e incontáveis iraquianos não deveria ter sido travada. Pesquisas mostram que a maioria do público já julga que a guerra foi um erro. Com o tempo, também os políticos republicanos passaram a considerar que a ausência de armas de destruição em massa prejudicou o racional do ex-presidente George W. Bush para justificar a guerra. Não tem sido uma mudança fácil para nomes como a democrata Hillary Clinton, atual favorita para ser a candidata por seu partido. Ela votou a favor da guerra em 2002, quando era senadora. Aquele voto e sua recusa em repudiá-lo a custaram a derrota para Barack Obama em 2008 nas primárias. Obama não estava no Senado em 2002, mas havia se oposto à guerra. Em seu livro de memórias, Clinton escreveu que votou com base nas informações disponíveis na época, mas admitiu que “entendeu errado, simples assim”. O que parece ser uma dura verdade para que uma nação admita tem sido a coisa mais fácil de ser repetida por políticos, até mesmo pelo irmão de Bush. O fato de que Jeb Bush, provável candidato à nomeação em 2016, sofreu pressões na última semana para rejeitar a guerra de seu irmão é “uma indicação de que ele recebeu entendimento de que a realidade com que trabalhamos agora é a de que foi um erro”, diz Evan Cornog, um historiador e decano da escola de Comunicação da Hofstra University.

Agência Estado
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