Foto: Raul Monteiro/Política Livre
03 de junho de 2015 | 11:35

Bahia perde mais espaço no governo federal

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Após duas semanas da perda de comando da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a Bahia sofre mais uma baixa em relação ao espaço no governo federal. No dia 29 de maio, o comunista baiano Vicente Neto foi exonerado da presidência da Embratur, autarquia do Ministério do Turismo, e esta semana não estará mais no posto. A saída de Vicente Neto ocorreu com a intervenção direta do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), com o objetivo de beneficiar aliados tendo como contrapartida apoio nas votações dos polêmicos projetos do Congresso Nacional. No lugar de Vicente Neto assumiu a presidência da Embratur o peemedebista Vinicius Lummertz. Muito se fala sobre a saída do comunista da presidência da Embratur. Além da tentativa de Temer de contar com o apoio na aprovação dos projetos, há também uma espécie de castigo ao PCdoB, que não seguiu as orientações do PT e votou divergente na medida provisória que estabelece novas regras para concessão do auxílio-doença e pensão por morte, no começo de maio. Na votação da reforma política, o PCdoB votou a favor do distritão, inclusive com o voto da deputada federal baiana Alice Portugal. Também não seguiu o que foi recomendado pelos petistas. Já Elmo Vaz estava na Codevasf pela cota do PT e foi substituído pelo pepista piauiense Felipe Mendes, na Codevasf. Nos bastidores da política baiana, a insinuação é de que o ex-governador foi derrotado na tentativa de manter um baiano no cargo. Wagner, mesmo sabendo que o acordo era que o comando da Companhia fosse para o PP, disse acreditar que outro baiano fosse indicado por entender que a Bahia é o maior Estado do Nordeste e a maior economia, logo, o maior usuário da Codevasf. Segundo ele, havia uma negociação com o PP. “Tinha havido uma negociação com o PP. São normais essas negociações quando ele foi para o Ministério da Integração Nacional. Eu imaginei que pudesse ser do PP da Bahia, mas a opção que foi feita foi por uma pessoa do Piauí. Evidentemente que eu não gosto. Mas eu sei que a composição política é essa. Mas isso não quer dizer que a Bahia será esquecida na Codevasf. Com a mudança de direção, quem sabe não tenhamos mais recursos”, afirmou o ex-governador em evento realizado em Brasília. A reprotagem tentou saber como os caciques petistas viam a saída de Vicente, mas não obteve retorno.

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