Foto: Ismael Francisco/ AP
Bruno Rodríguez (E), chanceler e um dos novos líderes, recebe ministro alemão Frank-Walter Steinmeier (D) 19 de julho de 2015 | 12:45

Cuba prepara nova geração de líderes para gerir país menos hostil a mercado

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Em processo de transição para uma nova era na qual se espera uma nova relação com os Estados Unidos e, consequentemente, um novo impulso econômico, Cuba prepara também uma transferência inédita de liderança.Pelos planos do regime, dirigentes mais jovens começarão, em oito meses, a substituir os líderes históricos da Revolução Cubana, dando início a um processo de renovação que deve culminar com a sucessão de Raúl Castro, em fevereiro de 2018. Os novos líderes têm entre 45 e 60 anos. Seu desafio será o de se legitimar ante uma sociedade que se abre aceleradamente ao mundo e busca mais participação e prosperidade, segundo analistas. O marco dessa abertura deve se dar amanhã, quando diplomatas americanos inauguram a embaixada dos EUA em Cuba ao mesmo tempo em que cubanos, com pompa e circunstância, reabrem sua missão em Washington. “As dificuldades que a geração pós-Castros terá de enfrentar são muito maiores que as previstas reforma constitucional e substituição da lei eleitoral”, disse à agência France Presse o sociólogo Luis Suárez. “Não é apenas uma geração diferente, mas uma realidade diferente. Muitas mudanças são e serão necessárias”, afirma o cineasta Ernesto Daranas. Os líderes cubanos em fim de carreira superam os 80 anos e o próprio Raúl estabeleceu em 2012 o limite de 10 anos para que dirigentes se mantenham em seus cargos. Fidel, que completará 89 anos em agosto, já deixou seus cargos no governo e no Partido Comunista. Leia mais no Estadão.

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