17 de julho de 2015 | 18:45

Venezuela e Guiana expõem conflito territorial na Cúpula do Mercosul

mundo

Os presidentes da Guiana e Venezuela discordaram hoje (17), durante sessão plenária dos chefes de Estado do Mercosul, sobre o entendimento de cada um em relação aos conflitos territoriais entre os dois países. O presidente da República Cooperativa da Guiana, David Granger, fez um apelo ao Mercado Comum do Sul para que se manifeste em apoio à integridade do território guianense. Para Nicolás Maduro, da Venezuela, Granger é um “grande provocador” e não reconhece a ajuda que vem recebendo nos últimos anos. A disputa quanto à posse das fronteiras marítimas entre Guiana e Venezuela é antiga. Em 1899, um acordo decidiu que uma parte do território pertenceria à Grã-Bretanha, que antes controlava a então Guiana Inglesa. A Venezuela, no entanto, sempre considerou a região “em disputa”. Durante sua declaração, o presidente da Guiana disse que em outubro de 2013 “nosso vizinho adentrou nossas fronteiras e expulsou” uma das embarcações do país. Naquele período, uma companhia de petróleo dos Estados Unidos realizava estudos sísmicos, baseados em estimativas de que o local disponha de bilhões de barris de petróleo. A Venezuela se baseia no Acordo de Genebra, de 1966 – logo após após a independência da Guiana –, segundo o qual a região ainda está “por negociar”. “A Guiana aceita todas ideias de democracia e ordem social. Abraçamos o princípio de solidariedade regional. Portanto, no interesse de maior integração e no espirito de solidariedade, fazemos apelo para continuar vigiliantes e garantir soberania a pequenos países. As violações de fronteiras podem levar a conflitos. Quando são determinadas por acordos internacionais, outros estados podem se sentir compelidos a fazer isso”, disse David Granger. Segundo o presidente da Guiana, há mais de 100 anos as fronteiras foram marcadas e os mapas feitos com a demarcação que o “mundo inteiro reconhece”. “Temos comprometimento e respeito mútuo entre territórios. Estamos comprometidos com as relações mútuas de paz, amizade e não interferência mútua”, disse Granger. Na sua opinião, se essa vantagem estratégica for “obstruída”, o país será “completamente” ignorado. Leia mais na Agência Brasil.

Agência Brasil
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