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21 de agosto de 2015 | 11:36

Funcionários da Bahiagás realizam manifestação no CAB

bahia

Em greve há três dias,  funcionários da Bahiagás, concessionária estadual dos serviços de distribuição de gás natural canalizado, realizam na manhã desta sexta-feira (21) uma manifestação na Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia (Seinfra), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Segundo o Sindicato dos Químicos da Bahia (Sindiquímica), entidade que representa à categoria, os manifestantes buscam a intervenção do secretário da pasta, Marcus Cavalcanti, na abertura de um canal de negociação com o diretor-presidente da Bahiagás, Luiz Gavazza. A greve acontece pela falta de avanços na campanha salarial. “Negociamos desde abril com a Bahiagás sem resultados para a categoria”, denuncia o Sindiquímica. Os trabalhadores reivindicam a inflação do período e 2,38% de ganho real, salário educação para os funcionários e cesta básica, dentre outros itens. A companhia só oferece a inflação do período e nada mais. Também de acordo com o sindicato, a companhia está usando vários artifícios para obrigar os trabalhadores a retornarem ao trabalho com ameaças de demissão, inclusive.  “A Bahiagás afronta a Lei que regulamenta o exercício do direito de greve. As obrigações durante o movimento paredista são reciprocas, e não apenas para os trabalhadores, e nesse sentido a Lei de greve é clara ao vedar a coação patronal perante o trabalhador. Os telegramas enviados pela companhia com convocação nominal para cada trabalhador é indubitavelmente uma violação à Lei. E mais, ainda envia correspondências aos familiares dos trabalhadores para constrangê-los durante o exercício do seu direito constitucional de greve, mais uma vez ao arrepio da Lei”, denuncia o Sindiquímica em nota publicada hoje na imprensa local. Além disso, na quarta-feira, no primeiro dia da greve, a empresa reteve os turneiros, obrigando-os a trabalhar mais de 16 horas seguidas na unidade de Camaçari, configurando-se jornada de trabalho superior ao limite máximo permitido pela Constituição Federal, com riscos à integridade física desses trabalhadores, já agravados pelo fato deles exercerem o labor em locais periculosos, com risco de explosão.

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