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Doleiro Alberto Youssef 08 de setembro de 2015 | 12:15

Doleiro da Lava Jato diz que fazia caixa 2 para OAS

brasil

O doleiro Alberto Youssef, peça central da Operação Lava Jato, afirmou à Justiça Federal que a empreiteira OAS trabalhava com esquema de caixa dois. Em audiência na última sexta-feira, 4, em que depôs como testemunha de acusação do ex-deputado Luiz Argolo (afastado do SD/BA), o doleiro afirmou que ‘fazia alguns trabalhos de caixa dois para a empresa’, referindo-se à construtora que, segundo o Ministério Público Federal, fez parte do cartel que se apossou de contratos bilionários na Petrobras, entre 2003 e 2014. Durante as investigações, a Polícia Federal interceptou comunicações do doleiro com Argolo. Numa delas, em março de 2014 dias antes do estouro da Lava Jato, o então deputado pergunta a Youssef, por torpedo, se ele estava com Mateus – Mateus Coutinho de Sá Oliveira, na ocasião diretor-financeiro da OAS. Na audiência de sexta, o juiz federal Sérgio Moro, indaga do doleiro qual o significado da mensagem. “Ele (Argolo) sabia que eu conhecia a OAS e que eu fazia alguns trabalhos de caixa dois para a empresa. Ele sempre me pedia para que eu pedisse à empresa ajuda para campanha dele.” Mateus Coutinho foi condenado no dia 5 de agosto a onze anos de reclusão junto com José Ricardo Nogueira Breghirolli, outro executivo da OAS. Os principais dirigentes da empreiteira, José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, ex-presidente do grupo, e Agenor Medeiros, ex-diretor de Internacional da OAS, pegaram penas mais elevadas, 16 anos e 4 meses de prisão. Eles foram condenados por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

Estadão
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