Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
07 de setembro de 2015 | 20:33

Para Alckmin, Temer é qualificado para assumir poder

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), avaliou que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) tem todas as “qualificações” necessárias para assumir o poder, caso a presidente Dilma Rousseff saia do cargo. A declaração foi uma resposta a questionamento sobre se o peemedebista seria capaz de unir e agregar forças para assumir o “novo bloco de poder” defendido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em artigo publicado neste final de semana. “Evidentemente que o vice-presidente Michel Temer tem todas as qualificações. Agora, entendo que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso falou é que há uma crise conjuntural, governista, petista, mas há também uma crise estrutural complexa, que demanda grandes reformas”, afirmou o tucano em entrevista após participar do Desfile Cívico e Militar de 7 de Setembro no Sambódromo do Anhembi, na capital paulista. “A crise vai passar, mas, se o Brasil não fizer as reformas que precisa, vai ficar limitado no crescimento”, acrescentou. Alckmin afirmou que há uma “enorme insatisfação”, fruto de uma “policrise” ética, econômica e política e que mostra a “falência” da política.Neste sentido, ele defendeu que é preciso uma reforma “profunda” do sistema político brasileiro. Apesar da crítica, o tucano avaliou como “importante” as investigações contra políticos tocadas pela Polícia Federal, Ministério Público e Poder Judiciário contra políticos. “O Brasil está passando a limpo uma das suas piores coisas, que é o chamado crime do colarinho branco. (…) Estamos dando também uma prova de maturidade.” Para o governador de São Paulo, a crise econômica pela qual o Brasil passa é causada pelo governo. “Quando o governo não é a solução, é o início da crise”, disse. “Não tem sistema de política econômica, de política cambial, que funcione com uma política fiscal errada. Então, é também o momento de grandes reformas, de se repensar os Estados”, acrescentou. O tucano afirmou que a República não aceita mais “a rapinagem, a mentira e que a desigualdade e o desemprego aumentem”.

Agência Estado
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