13 de novembro de 2015 | 08:21

Expectativa em torno do PDDU gera polêmica

salvador

O polêmico projeto do novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Salvador foi mais uma vez o protagonista da guerra entre as bancadas de governo e oposição na Câmara Municipal durante a quinta-feira.Vereadores oposicionistas se opõem ao projeto e questionam a pressa do Executivo em agilizar a votação da matéria. Para eles, o plano precisa ser mais bem discutido para não excluir nenhuma parcela da sociedade.“O que menos importa agora é essa preocupação que eu vejo muito presente no prefeito ACM Neto de votar o PDDU com urgência. Este plano não é um instrumento de um governo, o PDDU é da cidade”, argumentou o petista Gilmar Santiago.Para ele, a data ideal para a votação do plano diretor é o final de 2016, após a disputa das eleições municipais.“Eu acho que a votação do PDDU não pode estar atrelada a um calendário eleitoral. Por isso acho que a melhor data é após as eleições. A gente teria o ano todo para discutir e depois da eleição, vota. Porque não é o PDDU que vai reeleger Neto ou vai eleger outro candidato. Como o prefeito acha que já está eleito, então, se concretizado, ele vai ter oportunidade de num segundo mandato usufruir das conquistas desse plano diretor”, alfinetou.Gilmar chamou a atenção para a ausência de preocupação com a população negra no primeiro texto do projeto apresentado. Segundo o petista, o plano só visa atingir 20% da população.“A gente notou que na minuta no plano diretor os quesitos raça e cor estão ausentes. Em uma cidade que tem 80% da população negra, é como se dissessem que esse plano é um plano voltado para somente 20% da população. Precisamos que esse projeto possa unificar todos em torno de uma ideia de cidade, que garanta o direito à cidade para todos os segmentos”, criticou. Leia mais na Tribuna da Bahia.

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