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15 de janeiro de 2016 | 09:24

Ausência de temas eleitorais no Bonfim reflete incerteza no DEM e PT

bahia

Para políticos ligados ao DEM e ao PT, o total distanciamento de temas eleitorais adotado na Lavagem do Bonfim pelo prefeito ACM Neto e o governador Rui Costa reflete o grau de incerteza que ronda os dois lados da disputa. Na ala democrata, a decisão de Neto em manter silêncio sobre a sucessão na capital e retirar o assunto da sua agenda traz de novo para o jogo uma hipótese aventada pelo prefeito durante a batalha presidencial de 2014: a de não se candidatar à reeleição.Aos interlocutores mais próximos, Neto já havia avisado que, se o senador Aécio Neves (PSDB-MG) vencesse a parada contra a presidente Dilma Rousseff, não tentaria o segundo mandato à frente do Palácio Thomé de Souza. Com o aliado no comando do Planalto, poderia ganhar espaço de destaque no ministério e se capitalizar para concorrer ao governo do estado em 2018.Mas o resultado foi outro e o democrata reformulou os planos. Contudo, com as chances de queda de Dilma, a avaliação de cardeais oposicionistas é a de que Neto ligou o modo de espera e vai aguardar a água correr pela ponte antes de definir seu futuro. Ate lá, tem dito que tudo pode acontecer.Entre os caciques da base governista, a mudez de Rui Costa sobre assuntos eleitorais na caminhada do Bonfim também é efeito da quantidade de incógnitas que rondam o Palácio de Ondina. Sobretudo em relação à melhor estratégia para enfrentar os adversários em Salvador. Se o melhor mesmo é pulverizar candidaturas ou apostar as fichas em alguém capaz de polarizar com a chapa rival. Ou ainda se tal nome deve ser do PT ou de outro partido da base.

Jairo Costa Jr., Correio*
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