13 de maio de 2016 | 17:16

‘Bessias’, que entregou polêmico termo de posse a Lula, continuará a servir Dilma

brasil

O mensageiro do “polêmico” termo de posse que a agora presidente afastada Dilma Rousseff enviou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando pretendia nomeá-lo para a Casa Civil, Jorge Rodrigo Araújo Messias, continuará a servir Dilma. Ele é um dos funcionários escolhidos por Dilma para fazer parte da equipe a serviço do Gabinete Pessoal da Presidência, grupo designado para continuar trabalhado para a presidente afastada. Anteriormente, ele ocupava o cargo de subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil. Messias foi identificado nas interceptações telefônicas autorizadas pelo juiz Sergio Moro como “bessias”. “Seguinte, eu tô mandando o ‘Bessias’ junto com o papel pra gente ter ele e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?”, disse Dilma a Lula, num dia antes da posse do ex-presidente. A conversa entre Lula e Dilma fez com que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedisse, no começo de maio, a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente e a presidente afastada, sob a acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. O procedimento ainda precisa ser autorizado pelo ministro Teori Zavascki, relator do processo da Lava Jato no STF. Além das negociações para o termo de posse de Lula como ministro, a investigação tem como base ainda delação premiada do senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS). No pedido, Janot sustenta que a nomeação de Lula para o ministério fez parte das diversas tentativas de atrapalhar investigações criminais da operação que apura o esquema de corrupção na Petrobras. O procurador diz que a decisão de Dilma teve a intenção de tumultuar o andamento das investigações ao tentar dar foro privilegiado ao ex-presidente, o que tiraria as investigações do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância.

Estadão Conteúdo
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