Foto: Divulgação
Partido ainda tenta encontrar a melhor maneira de se contrapor ao governo 16 de outubro de 2016 | 09:30

Após impeachment, PT ainda tenta achar discurso de oposição

brasil

Colocado de volta à condição de oposição no Congresso após 13 anos à frente do Palácio do Planalto, o PT ainda não afinou o discurso. Após a cassação de Dilma Rousseff, o partido ainda tenta encontrar a melhor maneira de se contrapor ao governo do presidente Michel Temer, que tem contado com uma alta taxa de fidelidade da base aliada nas votações. Na Câmara, o partido se viu obrigado a abrir espaço na liderança da minoria para deputados que antes eram vistos como coadjuvantes. Também se reaproximou de aliados históricos, como PCdoB e PDT, e petistas adotaram discursos mais alinhados com a esquerda. A mudança de postura tem rendido apoio até da Rede e do PSOL, antigos adversários do governo Dilma. “Estamos numa condição muito minoritária, é difícil a gente ter uma vitória sobre o governo neste momento”, resumiu o deputado Carlos Zarattini (PT-SP). Ao longo dos últimos meses, a nova oposição foi “tratorada” no plenário pela base governista. Conseguiu impor seis horas de obstrução na votação do projeto de lei que retira da Petrobrás a obrigação de ter que investir nos campos do pré-sal, mas teve pouca força de reação para impedir a aprovação, em primeiro turno, da PEC do Teto – a primeira grande medida do ajuste fiscal de Temer no Congresso. “Quando não se tem maioria para derrotar, você tem de dificultar a aprovação da proposta para o governo, negociar e torná-la menos pior”, afirmou Zarattini. Leia mais o Estadão.

Estadão
Comentários