27 de outubro de 2016 | 09:46

Valor da produção florestal brasileira cai e fecha 2015 em R$ 18,4 bi

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O valor da produção da extração vegetal e da silvicultura no país em 2015 atingiu R$ 18,4 bilhões, total inferior aos R$ 19,2 bilhões de 2014. A informação consta da pesquisa Produção da Extração Vegetal e Silvicultura (Pevs) 2015, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (27) com os números relativos às atividades ligadas ao setor florestal. Os números indicam que, dos R$ 18,4 bilhões, a silvicultura, atividade diretamente ligada à regeneração e plantação de florestas, respondeu por 74,3% da produção, o equivalente a R$ 13,7 bilhões; enquanto os que estão ligados diretamente à extração vegetal (coleta de produtos em matas e florestas nativas) participaram com 25,7% (R$ 4,7 bilhões). Apesar de registrar uma ligeira queda no faturamento em relação a 2015, quando os produtos florestais acusaram valor da produção de R$ 19,2 bilhões, o setor florestal, em especial a produção obtida em florestas plantadas, vem, segundo o IBGE, assumindo, nos últimos anos, “uma posição de destaque no cenário nacional”. Em 2014, os dados do IBGE indicam que, do total da produção florestal de R$ 19,2 bilhões, R$ 14,62 bilhões corresponderam a produtos provenientes da silvicultura (76,3% do total), uma queda de 2% em relação à participação do setor em 2015; a extrativa contribuiu com R$ 4,58 bilhões (ou 23,7% do total), neste caso um aumento de 2% na participação global. Em entrevista à Agência Brasil, o gerente da pesquisa do IBGE, Luís Celso Guimarães, atribuiu a queda no valor total decorrente da produção florestal “à crise econômica que atinge o Brasil e o mundo, hoje demandante em menor escala de produtos derivados da siderurgia, que utiliza muito carvão vegetal proveniente da silvicultura. A exceção ficou com os produtos voltados para a produção de papel e celulose, cujo aumento da demanda compensou, em parte, a retração dos produtos voltados para a siderurgia e a queda na exportação de madeiras em toras”. Os dados da Pevs 2015 indicam, ainda, que a participação dos produtos madeireiros na extração vegetal chegou a R$ 3,2 bilhões e a de não madeireiros somou R$ 1,5 bilhão. Na silvicultura, os quatro produtos madeireiros somaram R$ 13,4 bilhões e os três não madeireiros, R$ 292,9 milhões. Já o grupo de produtos alimentícios foi o que acusou o maior valor da produção extrativa não madeireira em 2015, participando com 69,4%, seguido pelas ceras (14,8%), oleaginosos (8,3%) e fibras (7%) e demais grupos (0,5%).

Nielmar de Oliveira, Agência Brasil
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