01 de dezembro de 2016 | 07:43

Após ex-governador, filho é alvo de operação no Tocantins

brasil

Dois dias depois de o ex-governador do Tocantins Siqueira Campos ter sido levado para depor, a PF cumpriu nesta quarta-feira, 30, mandado de condução coercitivamente contra seu filho, o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM), na 12.ª fase da Operação Acrônimo.O foco da ação desta quarta foram licitações do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Tocantins. A nova fase da investigação se baseia em delação premiada do empresário Benedito Rodrigues Oliveira, o Bené. Ele afirmou ter pago R$ 600 mil em propina a Eduardo em 2012, em troca de um contrato para confeccionar cartilha de educação no trânsito.Na época, Eduardo era secretário de Estado de Governo na gestão do pai. Segundo Bené, que é dono de empresas gráficas, na ocasião foi elaborado um projeto básico para a distribuição do material em escolas públicas do Estado.O valor do suborno, segundo Bené, teria sido dividido entre Eduardo e um diretor do Detran do Tocantins. Dois colaboradores do então secretário teriam ficado com comissões de 10%.Por meio de nota, o deputado afirmou que as acusações são infundadas e disse ter prestado todos os esclarecimentos à PF, “Após prestar esclarecimentos na superintendência da Polícia Federal em Palmas, o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM) reafirmou que não foi acusado de ter recebido diretamente qualquer vantagem indevida e que também não crê que qualquer pessoa que tenha com ele trabalhado como agente público o tenha feito. O parlamentar acredita que a acusação às pessoas citadas são infundadas e que as investigações provarão isso. O deputado disse também que não existem acusações diretas a ele.”Eduardo afirmou também que, enquanto homem público, entende ter a obrigação de prestar esclarecimentos sempre que for solicitado. O deputado disse que dispensou o acompanhamento de advogado durante o depoimento e que não usou o direito de permanecer em silêncio, respondendo prontamente a todos os questionamentos. O parlamentar disse ainda “que o fato não o incomoda e que concedeu acesso irrestrito à sua residência, até mesmo fornecendo senhas de seu computador e de seu aparelho celular, para que os policiais pudessem realizar seu trabalho. Os agentes também tiveram acesso a todos os documentos mantidos em sua residência”.

Estadão Conteúdo
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