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Eike Batista 26 de janeiro de 2017 | 06:35

PF vai à casa de Eike cumprir mandado de prisão; empresário está foragido

brasil

A Polícia Federal está na casa de Eike Batista, no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, para cumprir mandado de prisão pela Operação Eficiência, segunda fase da Calicute, braço da Lava Jato. Os policiais chegaram à casa do empresário por volta das 6h da manhã desta quinta-feira (26). O empresário, no entanto, não estaria na residência, mas, sim, em viagem, segundo informações da GloboNews. Eike é acusado de pagar propina para o governador Sérgio Cabral, que foi preso na mesma operação, para conseguir vantagens para seus negócios no Rio. Contra ele também estaria sendo cumprido mandado de busca e apreensão. Os policiais federais têm ainda outros oito mandados de prisão e busca e apreensão para serem cumpridos, além de mandados de condução coercitiva (quando as pessoas são obrigadas a acompanharem os policiais para prestarem depoimento), entre eles, contra a ex-mulher de Sérgio Cabral, Suzana Neves Cabral, e um irmão dele, Maurício Cabral. Nova operação da PF investiga lavagem de dinheiro de US$ 100 milhões no exterior. A PF informou que investiga crimes de lavagem de dinheiro consistente na ocultação no exterior de aproximadamente US$ 100 milhões. “Boa parte dos valores já foi repatriada. Também são investigados os crimes de corrupção ativa e corrupção passiva, além de organização criminosa”, informa a Polícia Federal. O Ministério Público Federal participa da operação e há apoio da Receita Federal. Cerca de 80 policiais federais cumprem nove mandados de prisão preventiva, quatro de condução coercitiva e 22 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, informou a Polícia. Todas as diligências tiveram origem nos desdobramentos da investigação sob tutela do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Na fase desta quinta-feira, as informações foram coletadas em dois acordos de colaboração que abordaram os detalhes do esquema de lavagem de dinheiro por trás dos desvios praticados pelo grupo do ex-governador Sergio Cabral. A investigação mira pagamentos de propina envolvendo o ex-governador. Outros grandes empresários estão entre os investigados que tiveram a prisão preventiva decretada, acrescentou a PF. Os policiais agendaram uma coletiva de imprensa às 10h30, na sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro, para detalhar a operação.

Estadão Conteúdo
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