Foto: Agência Brasil
O ex-ministro Paulo Bernardo 12 de abril de 2017 | 16:15

Paulo Bernardo teria pedido US$ 40 mi por indicação de Lula

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O presidente afastado da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, afirmou ao juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Operação Lava Jato, em Curitiba, que o ex-ministro Paulo Bernardo pediu, por indicação do ex-presidente Luiz Inácio, uma contribuição de US$ 40 milhões, para aprovação de uma linha de crédito de US$ 1 bilhão para que a empresa exportasse bens e serviços para Angola. “No caso específico dessa negociação, em 2009, início de 2010, até porque eu acho que estava se aproximando da eleição, veio o pedido solicitado para mim por Paulo Bernardo, na época, que veio por indicação do presidente Lula, para que a gente desse uma contribuição de US$ 40 milhões e eles estariam fazendo a aprovação da linha de US$ 1 bilhão para exportação de bens e serviços”, declarou Odebrecht, ouvido no dia 11 por Moro, como réu em ação penal em que o ex-ministro Antonio Palocci é acusado de acertar R$ 123 milhões em propinas ao PT. “Em 2009, 2010, teve uma negociação de uma linha de crédito envolvendo Angola que se dava entre os dois país”, explicou Odebrecht. O depoimento , que estava sob sigilo, foi tornado público nesta quarta-feira, 12. O delator revelou que o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda, governo Lula, e Casa Civil, governo Dilma Rousseff) era o principal interlocutor das propinas acertadas pela Odebrecht com o PT. Identificado como “Italiano” nas planilhas secretas do Setor de Operações Estruturadas – o chamado “departamento da propina” -, Palocci cuidou dos repasses para Lula, que era identificado como “Amigo”. Leia mais no Estadão.

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