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Mônica Moura durante o depoimento de delação premida ao Ministério Público Federal 12 de maio de 2017 | 17:48

Mônica comprou máquina para contar cédulas recebidas

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Para contar os repasses em dinheiro feitos pela Odebrecht à campanha de Dilma Rousseff em 2010, a publicitária Mônica Moura revelou em delação ao Ministério Público Federal que comprou uma máquina contadora de cédulas. A mulher de João Santana disse que recebeu, pessoalmente, em espécie, cerca de R$ 5 milhões da empreiteira. O dinheiro foi entregue em hotéis em São Paulo por “motoqueiros”, como ela chamava os entregadores pelo fato de eles costumarem usar jaquetas, nas quais guardavam as notas, além de também esconder nas meias. Somando pagamentos no Brasil e no exterior, Mônica Moura diz que a campanha teve entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões “por fora”. “Eu contava sozinha, e depois o André passou a me ajudar. E foi nessa época que a gente comprou aquela maquinha. Sabe aquela maquinha, que faz ‘tchururururu’, porque era um volume”, disse ela, imitando o barulho feito pelo dinheiro quando passa pelo contador de cédulas. “André comprou a maquininha de dinheiro para facilitar”, disse. “Mas no início era eu sozinha, andava na cidade com mochila, com a minha bolsa. Não é que eu saia com o dinheiro todo que eu recebia, eu saía com o dinheiro que eu ia pagar àquela pessoa”, disse ela, explicando que esses R$ 5 milhões eram utilizados para fazer pagamento a fornecedores e prestadores de serviço da campanha. Leia mais no Estadão

Estadão Conteúdo
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