Foto: Estadão/Arquivo
Sérgio Moro foi citado por Lula durante discurso no Congresso do PT 02 de junho de 2017 | 06:55

Ao citar Lava Jato, petista fala em ‘palhaçada’

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No primeiro dia do Congresso Nacional do PT, nesta quinta-feira, 2, em Brasília, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “já provou sua inocência e, agora, é a hora de a Lava Jato provar sua culpa”. O petista, que é réu em duas ações penais e alvo de uma denúncia no âmbito da operação, disse ainda que é preciso “parar com essa palhaçada”. “Eu acho que está chegando o momento de parar com palhaçada neste país. Este país não comporta mais essa destruição de achincalhamento”, declarou ao fim de um discurso que durou mais de 40 minutos. O petista também fez referência ao depoimento que prestou ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, em um dos processos do qual é réu. “Não quero que vocês se preocupem com meu problema pessoal. Isso eu vou resolver com o Ministério Público e com o representante da Lava Jato”, afirmou. Depois de ser citado pelos empresários Marcelo e Emílio Odebrecht, e aparecer em planilhas da empreiteira com o codinome “Amigo”, segundo investigações, Lula disse que, agora, sabe quem realmente são as pessoas a sua volta. “Sei quem são meus amigos de sempre e quem são meus amigos eventuais. Agora está muito claro. É uma coisa de pele”, afirmou. O ex-presidente ainda rebateu a delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS. Ao citar declarações do empresário de que a empresa teria criado uma conta para abastecer campanhas petistas, Lula chamou Joesley de “canalha”. “Um canalha de um empresário disse que fez uma conta para mim e outra para Dilma, mas a conta está no nome dele e é ele quem mexia na conta”, disse. O petista também aproveitou para falar sobre o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), citado por Joesley e alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal. “Aécio plantou vento e colheu tempestade.”

Estadão
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