Foto: Fábio Motta/Estadão
Paulo Rabello de Castro em cerimônia de posse no BNDES 01 de junho de 2017 | 19:41

Rabello de Castro, do BNDES, diz que tratará JBS com ‘rigor’ e ‘carinho’

brasil

O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, tomou posse nesta quinta-feira, 1º, e afirmou que vai tratar o frigorífico JBS com o “rigor que o controlador merece” e com o “carinho que o empregado merece”. Ele ressaltou que o banco possui “critérios rigorosíssimos”.  Após operações que somam R$ 8,1 bilhões, o BNDES possui cerca de 20% do capital da JBS. As operações são investigadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Operação Bullish, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Rabello de Castro descartou vender participações do banco na companhia. O economista sucede Maria Silvia Bastos Marques, que pediu demissão na semana passada em meio a um momento crítico vivido pelo banco de fomento. A Operação Bullish envolveu conduções coercitivas de funcionários, prática duramente criticada pela ex-presidente, e lançou suspeitas sobre os mecanismos adotados pelo banco na concessão de empréstimos. Além disso, Bruno Luz, genro de Rabello, foi preso em fevereiro no âmbito da Operação Lava Jato. O economista rebateu críticas à gestão anterior, que era alvo de fogo amigo até entre integrantes do governo. Rabello afirmou que não é verdade que Maria Silvia tenha retido o crédito da instituição de fomento e frisou que a grande queda dos desembolsos do BNDES se deu entre o fim das eleições de 2014 e junho de 2016, quando a executiva assumiu o cargo. “A estatística chega a ser escandalosamente política”, disse Rabello de Castro. Segundo o novo presidente do BNDES, Maria Silvia não pôde fazer a retomada por causa da fraca demanda por crédito para investir, mas agora a demanda já apresenta sinais de recuperação. Rabello de Castro frisou que o índice de novas solicitações ao banco é positivo e disse que a equipe técnica do BNDES é “extraordinária”. “É preciso recuperar DNA de fomento ao desenvolvimento”, afirmou Rabello de Castro, completando que é preciso olhar onde o BNDES é mais necessário e talvez até onde seja mais arriscado.

Estadão Conteúdo
Comentários