30 de outubro de 2017 | 19:51

Quadrilha que planejava fraudar Enem 2017 é presa em GO e no DF

brasil

Uma operação conjunta das Polícias Civis de Goiás e do Distrito Federal desarticulou uma quadrilha que fraudou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 e estava com tudo pronto para fraudar novamente a prova, que se inicia no domingo, 5, em todo o País. Ao todo, são oito mandados de prisão, dos quais sete foram cumpridos nesta segunda-feira, 30, sendo três detenções em Goiás e três em Brasília – um mandado foi expedido contra uma pessoa que já estava presa. Um suspeito segue foragido.As investigações ainda não estavam concluídas, mas a Operação Porta Fechada foi deflagrada para evitar o sucesso da quadrilha no Enem deste ano. “Antecipamos a operação para resguardar a lisura do certame”, afirmou o delegado Rômulo Figueiredo Matos, da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Derccap), e que comanda a operação em Goiás. Nas palavras dele, o volume de dinheiro movimentado pela quadrilha “é assustador”.Entre os investigados está um ex-funcionário do Centro de Promoção e Seleção de Eventos (Cesp), atual Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), em Brasília.Vídeo divulgado pela Polícia Civil de Goiás mostra o ex-servidor preso nesta segunda-feira, transitando dentro do Cespe com envelopes que conteriam cartões nominais de candidatos preenchido com as respostas obtidas a partir do original do gabaritos de concursos preparados pelo Cespe. O servidor acessava o cofre da instituição, retirando e devolvendo envelopes antes da correção pelas bancas.Uma única candidata de Goiânia teria pago R$ 800 mil em um “pacote” para fraudar, ao mesmo tempo, o último Enem para a filha, e o concurso para delegado da Polícia Civil em Goiás, para aprovação da própria suspeita.”Por um desencontro de dados, a filha não teve êxito no Enem, mas a mãe estava entre os dez primeiros colocados no concurso”, afirmou o delegado à reportagem.Dados de negociações como esta, envolvendo dezenas de candidatos que compraram vagas em diferentes concursos, foram apreendidos durante a operação.O concurso para delegado acabou suspenso em maio por causa da fraude que beneficiou pelo menos 16 candidatos identificados pelos investigadores. As provas tinham sido realizadas em fevereiro, e o resultado, divulgado em março.

Estadão
Comentários