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O senador Renan Calheiros (PMDB/AL) 27 de outubro de 2017 | 14:34

Renan pede absolvição sumária por ‘quadrilhão’ do PMDB

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O senador Renan Calheiros (PMDB/AL) pediu absolvição sumária da acusação de integrar o ‘quadrilhão’ do seu partido no Senado. Em defesa preliminar de 100 páginas entregue ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, o advogado do peemedebista fustiga a acusação do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que atribuiu a Renan e a outros caciques do partido – Romero Jucá, José Sarney, Edison Lobão, Jáder Barbalho e Waldir Raupp – o papel de líderes de organização criminosa que se teria instalado no Senado para recebimento de propinas milionárias. Luís Henrique Machado, o defensor de Renan, alerta para o que classificou de ‘consequências desastrosas’ da experiência italiana da Operação Mani Pulite, que inspirou a Lava Jato. “Não é necessário dizer que rotular partidos políticos, bem como os membros que integram a sua cúpula, de organização criminosa é um ato gravíssimo, podendo gerar sequelas indeléveis à jovem democracia brasileira. Sabendo disso, importante relembrarmos a experiência italiana, resultante da Operação Mani Pulite, e as consequências desastrosas para o país, fruto da tirania das ‘boas intenções’ de alguns agentes do estado”, destacou Machado. O advogado pede a absolvição sumária de Renan ‘tendo em vista que os supostos atos ilícitos narrados na denúncia padecem de tipicidade objetiva e subjetiva, não configurando os delitos de organização, associação ou quadrilha’. Subsidiariamente, Machado pede a rejeição da acusação de Janot. “O que se vê na denúncia é uma narração, cansativa e deformada, de fatos políticos, na sua grande parte públicos e notórios. Nesse giro, o ex-procurador-geral tenta atrelar o requisito da permanência ao mandato parlamentar ou a influência política, forçando, assim, a existência de uma pseudoestabilidade do grupo denunciado”, segue Machado. Leia mais no Estadão.

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