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O deputado federal Lúcio Vieira Lima 16 de fevereiro de 2018 | 19:35

Raquel Dodge volta a pedir medidas cautelares contra Lúcio e Marluce Vieira Lima

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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, voltou a pedir a aplicação de medidas cautelares contra o deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, e contra a mãe dos dois, Marluce Vieira Lima. Raquel Dodge quer o recolhimento domiciliar noturno de Lúcio e a prisão domiciliar de Marluce, com o monitoramento eletrônico de ambos. De acordo com o jornal O Globo, o pedido foi enviado para o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que investiga o apartamento em Salvador onde foram encontrados R$ 51 milhões. A solicitação já havia sido feita em dezembro, no momento em que a procuradora-geral denunciou os dois, além de Geddel e de outras três pessoas, por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Até agora, no entanto, Fachin não analisou o pedido. Segundo a publicação, ao reforçar o pedido, Dodge argumentou que há novos indícios que justificam as medidas cautelares. Entres eles, a descoberta de que dois assessores pagos parlamentares continuam trabalhando na casa de Marluce. “A denunciada e seu filho Lúcio Quadros Vieira Lima dão perenidade a uma realidade criminosa e lesiva à moralidade e aos cofres públicos que precisa ser freada pela imposição da medida cautelar já requerida”, escreveu. A procuradora-geral também citou novos indícios de lavagem de dinheiro, como a suspeita de que Geddel simulou o aluguel de equipamentos agrícolas para suas fazendas. Quando a solicitação foi apresentada pela primeira vez, o advogado da família, Gamil Föppel, enviou um documento ao ministro afirmando que há uma “inequívoca ausência” dos requisitos para a aplicação das medidas cautelares. “Os peticionários jamais praticaram qualquer ato que pusesse em risco a instrução criminal ou a aplicação da lei penal. Ao revés, sempre adotaram postura colaborativa, colocando-se constantemente à disposição de Vossa Excelência e das demais autoridades da investigação”, argumentou o advogado.

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