Foto: José Cruz/Agência Brasil
Ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza 23 de março de 2018 | 07:40

Ex-diretor da Dersa ‘coordenava a trama criminosa’, afirma Procuradoria

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A força-tarefa da Operação Lava Jato, em São Paulo, afirma que o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, emblemático aliado do PSDB, ‘coordenava uma trama criminosa’. O ex-dirigente e mais quatro investigados são acusados de desviar, entre 2009 e 2011, um total de R$ 7,7 milhões (valores da época) em recursos e imóveis destinados ao reassentamento de desalojados por grandes obras viárias realizadas pela estatal paulista na região metropolitana de São Paulo – o trecho sul do Rodoanel, o prolongamento da avenida Jacu Pêssego e a Nova Marginal Tietê. “Paulo Vieira coordenava a trama criminosa, com a inserção de familiares e pessoas próximas a ex-funcionária da Dersa e a ele próprio no Programa de Reassentamento Involuntário de Famílias do Rodoanel Sul, Jacu Pêssego e Nova Marginal Tietê”, acusa a Procuradoria, em denúncia formal levada à 5.ª Vara Criminal Federal da Justiça Federal em São Paulo. Segundo a denúncia, o ex-diretor de Engenharia da Dersa, Paulo Vieira de Souza, comandava o esquema, que envolvia também dois ex-ocupantes de cargo em comissão na empresa, José Geraldo Casas Vilella, então chefe do departamento de assentamento da Dersa, e uma funcionária do setor na época dos fatos. Também é acusada de integrar o esquema uma irmã desta funcionária, e a psicanalista Tatiana Arana Souza Cremonini, filha de Vieira de Souza. A denúncia relata em detalhes os três eventos criminosos envolvendo os cinco acusados e contou com provas obtidas por auditoria realizada pela própria Dersa. Como parte dos recursos desviados eram federais, o Ministério Público do Estado de São Paulo, onde o caso começou a ser investigado, encaminhou o procedimento ao Ministério Público Federal, que continuou com a investigação e colheu mais provas. Os cinco são acusados pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e inserção de dados falsos em sistema público de informação. Paulo, Geraldo e a funcionária participaram dos três eventos denunciados. A irmã da funcionária da Dersa e Tatiana participaram de um evento cada uma.

Estadão
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