08 de maio de 2018 | 13:12

Marina Silva diz que ‘decisões equivocadas’ levaram à crise

brasil

A pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva disse nesta terça-feira, 8, que a crise econômica que o País enfrenta e o alto índice de desemprego são consequências de “decisões equivocadas” do governo federal. Com outros dez presidenciáveis, Marina participa da 73ª Reunião Geral da Frente Nacional dos Prefeitos, realizada em Niterói, no Grande Rio. “O Brasil não está com 13 milhões de desempregados por um terremoto, maremoto, uma guerra, mas em função de decisões políticas equivocadas. Precisamos compreender que para atender a essa agenda (apresentada pelos prefeitos no encontro) o Brasil precisa voltar a crescer”, afirmou a candidata. Ela usou boa parte de seus 25 minutos de fala atendo-se à “profunda crise econômica, política e de valores” brasileira. Marina pontuou também que é preciso que o crescimento seja pautado na sustentabilidade, que não se relaciona apenas com a questão “ambiental, mas econômica e social”. Ela também disse que é preciso oferecer crédito acessível aos pequenos empresários. A senadora garantiu que se for eleita não terá problemas de governabilidade. “As pessoas perguntam: ‘com quem você vai governar, se não tem deputados?’ Eu digo: vou governar com os melhores. Pessoas ruins existem em todos os lugares, até nas igrejas. O Brasil tem que ser maior e melhor do que o que tivemos até agora”, afirmou. “Decisões erradas a gente repara, porque são humanas. Não vamos resolver o problema repetindo como solução os que criaram o problema. A gente precisa de um outro comportamento. As coisas boas a gente preserva. Dizem que sábios aprendem com os erros dos outros. Estúpidos são os que não aprendem nem com os próprios erros. Não temos esse direito”, disse. Diante de uma plateia de prefeitos, ela afirmou que o próximo presidente deve ser “republicano”. “O presidente não pode discriminar o prefeito por não ser de seu partido e do espectro ideológico que o apoiou. Iremos respeitar o federalismo. Isso se traduz em autonomia dos municípios. Mas não é possível ser autônomo sem ser independente. Boa parte dos recursos fica com a União, uma pequena parte com estados e ínfima com municípios”.

Estadão Conteúdo
Comentários