Foto: Sérgio Castro / Estadão
Moreira Franco 23 de maio de 2018 | 21:24

Vallisney tira sigilo de delação de R$ 39 mi que cita Moreira Franco e Paes

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O juiz federal da 10ª Vara de Brasília, Vallisney de Oliveira, tirou sigilo do acordo de delação premiada do ex-superintendente de Fundos de Investimento da Caixa Econômica Federal, Roberto Carlos Madoglio, no âmbito da Operação Sépsis, que mira desvios na instituição financeira. A delação cita suposta pressão do ministro de Minas e Energia, Moreira Franco (MDB) e do ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes (MDB) para a liberação de verbas com o fim de financiar o Porto Maravilha – operação urbana da revitalização da região portuária do Rio executada por Odebrecht, OAS, Carioca Engenharia, com recursos do FI-FGTS. De acordo com o colaborador, inicialmente ‘as Carteiras Administradas do FGTS geridas pela GEFES não permitiam investimento em operações urbanas consorciadas, sendo estas destinadas somente para habitação e além disso não tinham o volume de recursos necessário’. No entanto, a regra foi alterada em 2010 pelo conselho da Caixa. O ex-superintendente da Caixa diz ter sido pressionado, em 2010, pelo então prefeito do Rio, Eduardo Paes e por Moreira Franco para a liberação das verbas. Ele menciona reunião em que ‘o Prefeito Eduardo Paes chegou a ameaçar: “Se vocês não querem fazer, eu vou avisar o Presidente Lula que não vai ter Olimpíada no Rio de Janeiro!” De acordo com Madoglio, ‘a certa altura da reunião, saíram da sala de reuniões e entraram em uma sala separada’ onde estariam o prefeito Eduardo Paes e Moreira Franco ‘e após alguns minutos de deliberação retornaram com a seguinte ordem: “Este negócio tem que sair. Dêem um jeito de fazer!”.

Estadão
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