27 de outubro de 2018 | 12:20

‘Doria não se preparou para ser candidato a governador’, diz França

brasil

Vice-governador de São Paulo e candidato ao governo nas eleições deste ano, Márcio França (PSB) voltou a classificar o seu adversário, João Doria (PSDB), como traidor da capital paulista e menos capacitado que ele para a vaga do Palácio dos Bandeirantes, em entrevista na manhã deste sábado (27) à rádio Jovem Pan. Segundo França, que deu a entrevista por telefone à radio paulistana por estar se recuperando de uma pneumonia nos dois pulmões, falta palavra ao tucano, que prometeu aos cidadãos de São Paulo que terminaria seu mandato como prefeito e não cumpriu a promessa. “Não sou obrigado a dar a palavra para ninguém, mas no momento em que você dá a palavra… Para que fala isso, então? Na iniciativa privada ele pode falar isso, mas do ponto de vista público é uma falta grave”, disse França. “É inegável que o João Doria está com uma rejeição grande na capital.” Ao abordar a relação de Doria com o tucanato, assunto que vem sendo explorado na campanha, França aproveitou para alfinetar novamente o adversário e disse que Geraldo Alckmin (PSDB) e sua família inteira não devem ter votado em Doria. “As pessoas se revelam. No dia da eleição (do primeiro turno), Doria disse que ia fazer um voto solidário ao Alckmin”, afirmou França, explicando que esse “voto solidário” já dava a entender que Doria estava contando com Alckmin fora do segundo turno. “Doria não acumula muitas amizades”, comentou. A própria escolha de Doria como candidato ao governo tornou-se, segundo França, um problema para o próprio tucano. “Doria não se preparou para ser o candidato a governador. Ele não tem noção dos números do Estado, tem muita dificuldade. Porque estava ocupando o cargo de prefeito, insuflaram ele com essa história de ser candidato a presidente, depois topou ser vice, e acabou sobrando com a disputa de governador.”

Estadão Conteúdo
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