10 maio 2024
O ultimato de Rodrigo Maia contra a ANS (Agência Nacional de Saúde) nesta quinta-feira (20) para tentar impedir o reajuste de 25% nos planos de saúde foi visto como uma batalha vencida pelo presidente da Câmara na opinião de entidades de consumidores e da indústria de produtos médicos. A avaliação de quem acompanha o assunto é que o discurso padrão das operadoras de planos de saúde para justificar os aumentos de preços caiu por terra na pandemia.
A principal justificativa das operadoras é a de que a sinistralidade é alta, ou seja, as pessoas usam muito o sistema. Mas neste ano, segundo especialistas no setor, a explicação não vai bastar porque na quarentena os clientes evitaram os hospitais.
Nesta quinta (20), Maia disse que, se a ANS não impedir o reajuste, os deputados vão votar na terça (25) o projeto do Senado que suspende os aumentos por 120 dias. Procurada pela coluna, a ANS diz que está discutindo o tema.
A própria informação divulgada nesta semana pela ANS ajuda a desmontar a sustentação de que um reajuste de 25% é preciso. Os dados mostram queda de sinistralidade, melhor fluxo de caixa e taxa relativamente controlada de inadimplência.
Painel SA/Folha de S.Paulo