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A idéia de que o desembargador Mário Alberto Hirs adquiria poder sem precedentes na história do TRE estaria levando colegas a repensarem sua indicação 23 de março de 2021 | 12:10

Concentração de poder – e não ataques considerados injustos – distanciam Hirs do TRE

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Alvo de ataques tidos como injustos no último mês exclusivamente por conta do favoritismo com que partiu para a eleição em que os colegas escolherão o novo membro do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), nesta quarta-feira (24), o desembargador Mário Alberto Hirs está perdendo terreno para a disputa por motivos muito mais prosaicos.

O surgimento de dois concorrentes no horizonte – os desembarbadores Baltazar Miranda e Cícero Landim -, que ainda não haviam se colocado, foi o primeiro deles. O segundo é a análise feita entre os colegas de que não é justo que Hirs retorne à Corte por duas vezes quando existem vários colegas que ainda não tiveram a mesma oportunidade.

Mas um cálculo sobre o impacto de sua escolha para o TRE ganhou muito mais relevo nos últimos dias. Ele dá conta de que, indo para o Tribunal eleitoral, Hirs passaria a ter, como desembargador, um poder sem precedentes na história do órgão. É que, de cara, ele chegaria integrando uma bancada de três dos sete membros da Corte.

Quem analisa a reviravolta na sucessão de Jatahy Fonseca no TRE sob este prisma se refere às ligações umbilicais que Hirs mantém com o desembargador Roberto Frank, que mais parecem com as de pai e filho, e do segundo magistrado com o juiz José Batista de Santana Jr. Sobre Batista se diz que, se Frank mandar, ele se joga até do Elevador Lacerda.

Para completar, a trinca ainda conseguiria fazer, automaticamente, a presidência do TRE, que por tradição fica com um dos dois desembargadores da Corte. Não é pouca influência e poder. Cabe à presidência muitas definições importantes, das quais a maior delas é a pauta sobre a qual os magistrados se debruçam semanalmente no colegiado.

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