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O escritor Dênisson Padilha Filho 01 de setembro de 2022 | 09:54

Dênisson Padilha Filho lança livro de contos no dia 15 de setembro

salvador

O escritor Dênisson Padilha Filho lança o livro de contos “Rock Circus” (P55 Edição) no próximo dia 15, às 18h, no bar Rua Urban Gallery, no Rio Vermelho, Salvador. A obra traz em seu conjunto de textos uma particularidade: o uso recorrente das mesmas personagens, mesmo macroespaço e mesmo tempo. Delinquentes juvenis, prostituição, sexo escondido, timidez, paixões de adolescentes, orfandade e alguma pitada de rock underground são elementos que norteiam os contos do novo livro do autor, o oitavo de sua carreira.

A edição de 76 páginas tem a opção para o leitor de adquirir um kit de brindes exclusivos e limitados (cartaz, botton e palheta) e a pré-venda estará disponível no site da P55 Edição a partir do dia desta quinta-feira (01).

Os contos se passam em qualquer bairro mediano do mundo, mas ali, nas histórias de Dênisson, esse espaço se chama Pituba, uma referência ficcional a um dos bairros da cidade de Salvador, Bahia. São esquinas, calçadões, janelas e terrenos baldios narrados sob o signo do começo dos anos 1980.

Madrugadas em claro comparecem como depositárias dos sonhos dos adolescentes em algumas histórias. Ali, na janela do quarto, um garoto pensa na menina que não pode ter, mas também no pai que sumiu de sua vida, ou na mãe que não larga do seu pé. Em outras histórias, o leitor vai testemunhar um quarteto de jovens dando um furto geral na casa de um amigo, quando o programa era uma inocente tarde de filme na tevê.

“Um volume de contos com as mesmas personagens, espaço e tempo não é propriamente uma inovação no campo literário moderno ou contemporâneo. Senti que escrever assim pode dar ao leitor a familiaridade/intimidade com o universo representado na obra, algo encontrado no gênero romance, mas sem perder o poder dos golpes certeiros típicos do gênero conto ou a liberdade de leitura aleatória que um livro de contos permite”, ressalta o autor.

Trecho de um dos contos de Rock Circus:

Ele vivia pulando de escola em escola. O pai não esquentava com ele, eu acho. Pelo menos, eu nunca soube que Alemão tenha ficado de castigo. Ele sempre trazia umas novidades pra esquina. Uma vez apareceu com uma soqueira que ganhou de presente do primo da Boca do Rio. Que eu saiba, ele nunca usou aquele troço em ninguém. Logo depois, surgiu com um relógio caro no braço. Disse que tinha trocado pela soqueira. Era estranha aquela história; um relógio em troca de uma soqueira de chumbo, mas, ok.

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