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O pedetista desejava assumir a chefia do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), o que não ocorreu - Jerônimo nomeou para o posto Márcia Telles 22 de março de 2023 | 09:40

Jerônimo muda oferta, cogita CBPM para Henrique Carballal e mantém a ‘seca’ da cúpula do PV baiano

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Parece que o martírio do PV em conseguir um espaço no segundo escalão do governador Jerônimo Rodrigues (PT) vai perdurar. A sigla, que já estava convencida a aceitar o comando da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), após um período de relutância pela falta de identidade com a causa, foi surpreendida com a notícia de que o órgão foi oferecido ao vereador Henrique Carballal (PDT), numa articulação do vice-governador Geraldo Júnior (MDB).

O emedebista tenta emplacar Carballal num cargo no Executivo estadual desde o início do governo. O pedetista desejava assumir a chefia do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), o que não ocorreu – Jerônimo nomeou para o posto Márcia Telles, ex-secretária estadual de Meio Ambiente no governo Rui Costa (PT).

Após esse episódio, o vereador deu um “gelo” em Geraldo Júnior. Até então, os dois sempre foram muito próximos. Carballal rompeu com o prefeito Bruno Reis (União) e virou oposição para seguir o emedebista, que fez o mesmo movimento em 2022 mirando a vice de Jerônimo. O edil sempre achou que, por conta desse gesto e da proximidade com Geraldo Júnior, merecia um espaço importante no governo. O Política Livre apurou que ele avalia aceitar o comando da CBPM.

Enquanto isso, o PV pena. O presidente estadual do partido, Ivanilson Gomes, já criticou publicamente o tratamento dispensado pelo governo à cúpula da sigla. Mesmo integrando a federação com o PT e o PCdoB, o dirigente lamenta que a sigla venha sendo tratada como parceira de classe inferior.

Os “verdes” consideram que não têm espaço nem no primeiro escalão. Eles consideram que o titular da Secretaria de Turismo (Setur), Maurício Bacelar, membro filiado, foi uma indicação pessoal do irmão, o deputado federal João Caros Bacelar (PV), assim como os demais cargos da pasta.

O mesmo argumento vale para a decisão do governador de manter no posto o presidente do Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro), Thales Dourado Moitinho Pinho, genro do deputado estadual Roberto Carlos (PV). Tanto Bacelar quanto Roberto Carlos ingressaram no PV apenas antes das eleições de 2022.

O site apurou que o governo tem sondado o PV, que integra uma federação com o PT e o PCdoB, para ocupar espaços de diretoria em órgãos da gestão, no terceiro escalão. Algo do tipo como o que foi oferecido à bancada estadual do PP, que aderiu recentemente à base do governo.

Política Livre
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