Leandro de Jesus diz que “pressão de Brasília” busca tirar nomes de deputados governistas da CPI do MST

Em coletiva de imprensa realizada em seu gabinete na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) nesta quarta-feira (12), o deputado estadual Leandro de Jesus (PL) disse que uma “pressão de Brasília” busca retirar assinaturas de parlamentares governistas para que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), proposta pelo bolsonarista, não seja instaurada.

Leandro salientou que, até o momento, 31 deputados assinaram o requerimento. “Conseguimos, sim, assinaturas mais que suficientes. Já passamos de 30 assinaturas físicas, o parlamento, no exercício da sua liberdade, na representação do povo, a vontade do regimento, é que essa CPI seja instalada. Precisamos discutir o que está acontecendo. O motivo desse movimento usar de tanta violência. Uma clara ameaça dentro do Abril Vermelho, quando o Stédile, anuncia a prática desses crimes. Quando diz que vai invadir em todo Brasil, não é um simples fato, mas sim práticas criminosas”, afirmou, em coletiva.

O autor do requerimento disse que deputados governistas estão insatisfeitos com a pressão que estão recebendo de Brasília, e que o sentimento dentro da Casa é de que a CPI deve ser instalada.

“Alguns deputados estão constrangidos com a pressão que estão sofrendo. Esse tipo de pressão está acontecendo e o governo está tendo dificuldade por ser uma questão óbvia, muitos parlamentares do governo têm relação com produtores de sua região e muitos deles são produtores. É um interesse legítimo de defender o interesse do seu eleitor, da sua região, e nem isso o governo está respeitando” indicou.

Leandro disse ainda não se surpreender com o apoio do presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD). “Não me surpreendeu, por diversas vezes o presidente Adolfo, ali no plenário, manifestou sua opinião contrária a essas invasões. Fez essa declaração aqui, bem como em entrevistas. O que me surpreendeu foi o fato dele presidir a Casa e causar influência na base no governo. As conversas que nós temos, ele reafirmou o compromisso de instalar. Entendo que o governo e o próprio Jerônimo estão se sentido acuados. Não estamos falando de ideologia. Convido o governador a descer do palanque”.