Éden Valadares defende direto de federação de ocupar espaços no governo Jerônimo: “É uma coisa só, para o bem ou para o mal”

Presidente do PT na Bahia, Éden Valadares defendeu o direito de a federação formada pelo partido dele, o PV e o PCdoB indicar quadros de forma conjunta para ajudar o governo Jerônimo Rodrigues (PT) no interior do Estado. Em conversa com este Política Livre nesta quinta-feira (1º), ele minimizou as insatisfações na base aliada em relação à distribuição dos espaços, direcionadas principalmente à Secretaria de Relações Institucionais (Serin), comandada por Luiz Caetano.

“Quanto aos cargos regionais e municipais, o governador Jerônimo fez um esforço de escuta, de diálogo, inédito na Bahia. Ouviu o conselho político formado pelos presidentes de partidos da base, a coordenação da bancada federal, o colégio de líderes da Assembleia Legislativa e depois definiu critérios objetivos. A partir de critérios fica mais fácil compreender a conta e aplicá-la. Por exemplo, essa coisa da federação. É uma imposição com força de lei”, afirmou Éden.

“A federação é nacional, vale por quatro anos e é indissolúvel. Não há opção de considerar os partidos juntos ou separados. É uma coisa só. Para o bem e para o mal. Nós do PT da Bahia poderíamos reclamar e dizer que fomos os mais prejudicados. Ora, qual foi o partido mais votado para deputado federal? O PT. E para estadual? O PT também. É mesmo assim nós perdemos cadeira na Câmara e na Assembleia. Então, é lamber as feridas e ficar no mais importante: a unidade do grupo e a consolidação da liderança do governador Jerônimo Rodrigues”, complementou.

Éden considerou natural as insatisfações no processo de composição de governo. “Nas escolhas para o primeiro escalão, por exemplo, teve partido que achou a grama do vizinho mais verde que a sua. É natural. O governador faz um exercício de acomodação buscando atender às expectativas de todos, quase como mãe de família para atender os reclames dos diferentes filhos”.