Suíca contraria irmã de Jerônimo e vota a favor de empréstimo de Bruno Reis em comissões; texto segue para plenário da Câmara

As comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal de Salvador aprovaram nesta segunda-feira (14), em reunião conjunta, o projeto enviado pelo prefeito Bruno Reis (União) que pede autorização para que o Executivo da capital contrate um empréstimo de até R$ 300 milhões visando a realização, segundo a proposição, de obras estruturantes e de mobilidade na cidade. O texto agora segue para votação no plenário da Casa, o que deve acontecer nesta terça (15) ou quarta (16).

O texto, criticado pela oposição, contou com o voto favorável do vereador Luiz Carlos Suíca (PT), membro da CCJ. Já a vereadora Marta Rodrigues (PT), irmã do governador Jerônimo Rodrigues (PT), votou contra – ela, que alegou falta de transparência do projeto, é titular do colegiado de Finanças e Orçamento.

“Esse empréstimo é salutar porque o endividamento da Prefeitura é muito baixo, então há margem para essa operação, que vai resultar em benefícios para a cidade. São obras que serão feitas de forma mais rápida, sem necessidade de o município fazer caixa antecipadamente para promover as intervenções. Aliás, o mesmo vale para o governo do Estado, que pediu autorização à Assembleia Legislativa para pegar um empréstimo de R$1,7 bilhão. Chega a ser contraditório um vereador do PT, aliado do governador Jerônimo Rodrigues (PT), votar contra essa iniciativa do prefeito”, disse a este Política Livre o presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, Daniel Alves (PSDB).

O tucano afirmou que a Prefeitura de Salvador mantém os melhores indicadores de responsabilidade fiscal do país desde a gestão do ex-prefeito ACM Neto (União). “De modo que esse empréstimo é bem-vindo para que a cidade possa seguir avançando, como também torcemos para que o Estado tenha saúde financeira para pedir e obter o empréstimo de R$ 1,7 bilhão. Esperamos que o texto tramitando aqui na Casa seja aprovado já esta semana”.

Durante a reunião conjunta das duas comissões, hoje, foram aprovados e rejeitados pareceres de projetos de autoria dos vereadores. Houve uma confusão ente os vereadores Téo Senna (PSDB) e Átila do Congo (Patriota). Átila acusou o tucano de rejeitar os projetos da autoria dele, e os dois bateram boca. Os seguranças da Câmara precisaram intervir.

Téo Senna chamou Átila de moleque. Átila, por sua vez, afirmou que se Téo não fosse velho o “quebraria na porrada”. Colegas que testemunharam a cena a consideraram surreal e vergonhosa. Na semana passada, a Câmara aprovou 19 projetos de lei de autoria dos edis. Outros devem ser votados em plenário nesta e na próxima semana.